D. Pedro V

Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Aurélio de Bragança e Bourbon de Saxe-Coburgo-Gota, de seu nome completo, D. Pedro V era figura simpática, inteligente, culta, apaixonado pelas artes e letras.

O reinado de D. Pedro V foi marcado por diversos incidentes políticos e pelas terríveis epidemias que assolaram o país e vitimizaram o próprio monarca aos 24 anos de idade.

D. Pedro V teve uma forte ligação à cidade do Porto. Aqui se deslocou diversas vezes ainda como príncipe e depois como rei. A ele se deve a iniciativa da construção de raiz de um hospital militar (atual Hospital Militar D. Pedo V na Avenida da Boavista) e a aquisição do Palácio das Carrancas (hoje Museu Nacional de Soares dos Reis) para residência oficial da família real no Porto.

O monarca visitou por duas vezes o escritor Camilo Castelo Branco na Cadeia da Relação (1860 e 1861).

Representação de D. Pedro V rei de Portugal, em tamanho natural. Óleo sobre tela da autoria de António Manuel da Fonseca (professor da Academia de Belas Artes de Lisboa e professor de pintura do Rei), datado de 1860, idêntico ao existente no Supremo Tribunal de Justiça pintado dois anos antes pelo mesmo autor. Emoldurado em madeira entalhada e dourada.

O quadro terá sido oferecido à Relação pelo próprio monarca.

Em 1858, após terminadas as obras de recuperação do Tribunal é o próprio Conselheiro Presidente António Dias de Oliveira que informa o Governo:

“Não posso deixar de reprezentar a V.Exª (…) – que não pode deixar de causar notável reparo começar a funcionar o Tribunal na casa própria, não só sem o adorno costumado do docel e do retrato, mas tendo à vista a armação de madeira, destinada para a sua colocação…”