Processos Emblemáticos
A Infanta Capellista
O PROCESSO (1957-1959)
Escrita num estilo rebelde e de crítica social habitual em Camilo Castelo Branco, a obra “A Infanta Capellista” visa de forma desagradável alguns membros da Casa de Bragança. A obra não chega, no entanto, a ser publicada, por indicação do próprio Camilo que suspende a publicação e inutiliza os exemplares.
A tal decisão não é alheia a vontade do autor de corresponder à gentileza da visita a sua casa do monarca D. Pedro, Imperador do Brasil, em 1872 e à atribuição do título de Visconde que este lhe pretendia atribuir. O decreto que o fazia Visconde de Correia Botelho acaba por ser assinado por D. Luís a 18 de junho de 1885.
No entanto, em meados do século XX, tendo conseguido reconstituir um exemplar completo, a Livraria Moreira da Silva publica uma edição fac-similada de 50 exemplares da “Infanta Capellista”, sendo por isso processada pela neta de Camilo Castelo Branco, que vem a ganhar o processo, indemnizada em 18.500 escudos (c. de 7.150€ na atualidade).
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“INFANTA CAPELLISTA”
Um dos 50 exemplares mandado reproduzir em 1952 no Porto, pela Livraria Moreira da Costa, filha. Edição fac-similada.